Parafraseando jargão usado frequentemente pelo ex-presidente Lula, “nunca antes na história deste pais….”, tantos políticos, gestores públicos e empresários estiveram envolvidos em corrupção e práticas criminosas.
Os dois casos, até que outros mais escabrosos apareçam e sejam denunciados pela mídia e “investigados” pelos poderes competentes ou incompetentes, o MENSALÃO e atualmente o PETROLÃO – LAVA JATO, já estão passando para a história do Brasil como as duas maiores roubalheiras de dinheiro público de que se tem notícia.
Presidentes, diretores e expoentes das maiores empreiteiras do país estão trancafiados na prisão, por ordem judicial emanada por um Juiz corajoso, que tem espinha dorsal ereta e não se curva às ameaças ou outras formas de intimidação. O Brasil muito deve a juizes e magistrados das cortes superiores, onde as figuras do ex-Presidente do STF Joaquim Barbosa e o Juiz Federal Sérgio Moro, que não titubearam e não titubeiam em decretar prisões de tubarões do mundo empresarial e da política, acabando com a imagem de que corruptos poderosos estão acima do bem e do mal e que são mais iguais do que os simples mortais e jamais iriam ser incomodados pelas práticas de crimes de colarinho branco.
O interessante em tudo isso e que as investigações devem ir mais a fundo e o envolvimentos dessas quadrilhas com o financiamento público de campanha, como doações “lícitas” ou que serviram para o caixa dois de vários partidos , inclusive as suspeitas que ainda pairam sobre o financiamento dessas empreiteiras para as campanhas do PT, de Dilma e de outros candidatos, inclusive da oposição.
Outro aspecto nebuloso nessas investigações é a aproximação de alguns empresários poderosos com o ex-presidente Lula, principalmente algumas grandes empreeiteiras que realizaram obras bilionárias em Cuba, países Africanos e outros mais, com financiamento do BNDES, mas cujos empréstimos estão acobertados pelo manto do sigilo, como operações secretas, que a Presidente Dilma vetou a transparência. Nem mesmo o TCU, a Câmara Federal ou o Senado conseguem acesso aos detalhes desses contratos e operações financeiras.
Mais um ponto nebuloso foi a doação de alguns milhões de reais por parte de uma empreiteira para o Instituto Lula, a titulo de bonus de campanha ou por serviços (palestras) prestados pelo ex- Presidente a tal empreiteira. Por iniciativa da CPI da Petrobrás, apesar da oposição ferrenha por parte do PT, o presidente do Insittuto Lula – Paulo Okamoto, deverá prestar depoimento naquela CPI, mas o mesmo ainda poderá contar com alguma medida judicial que o favoreça e possa ficar calado na CPI, para frustração dos congressistas e vergonha do povo brasileiro.
Apesar da Lei proibir que empresas envolvidas em corrupção possa participar de licitações do Poder Público, existe no Congresso Nacional um grande “lobby” de parlamentares que, a título de salvar os empregos de trabalhadores, caso essas empresas que corromperam e se deixaram corromper fiquem fora de licitações, estão tentando defender o indefensável, ou seja, empresas, empresários, políticos e gestores públicos que se envolvam com práticas de corrupção devem sofrer as penalidades que a Lei prescreve. Falência e cadeia.
Finalmente, diante de um quadro vergonhoso como este, o resultado politico está sendo colhido pela Presdente Dilma, cujos índices de avaliação negativa, ruim e péssimo, chegaram ao fundo do poço. Nada menos do que 65% da população reprovam seu governo. De forma semelhante Lula e o PT também estão sendo avaliados negativamente a cada pesquisa de opinião pública.
Enquanto a operação Lava-Jato já esta na 14ª etapa e já colocou dezenas de corruptos na cadeia ou com tornozeleiras eletrônicas, a lista de políticos denunciados pelo Procurador Geral da República, a lista de Janot continua em banho maria, sob o manto do famoso “foro privilegiado” e outras regalias que apenas favorecem esses poderosos.
Até quando esta situação vai perdurar ? A propósito, na China um ex-ministro que detinha muitos poderes recentemente foi condenado a prisão perpétua e trabalhos forçados por práticas de corrupção! Fica a observação
Juacy da Silva, professor universitário, titular e aposentado UFMT, mestre em sociologia. [email protected]
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