O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat, anunciou que a prefeitura, em parceria com o governo do Estado, estuda a implantação de um Porto Seco na cidade, dentro do Aeroporto Marechal Rondon. Também conhecida como Estação Aduaneira do Interior (EADI), o espaço é uma área alfandegada que permite o desembaraço de mercadorias, sejam elas importadas ou exportadas. Com o Porto Seco, Várzea Grande passaria a chancelar os produtos e entraria no rol dos maiores exportadores/importadores de Mato Grosso.
Segundo a prefeitura, mais do que ampliar a base de arrecadação do município e gerar novas frentes de empregos, a base alfandegária potencializa a meta da atual gestão que é a de diversificar economia local, fazendo de Várzea Grande uma grande prestadora de serviços, mas de serviços mais complexos, especializados, como a logística.
“Várzea Grande dará um salto imenso ao modernizar seu aeroporto, torná-lo internacional e paralelamente a essas mudanças, contar com toda a estrutura de um Porto Seco para movimentação, armazenagem e desembaraço alfandegário”, comemorou o prefeito. O anúncio foi feito durante um evento no canteiro de obras do aeroporto Marechal Rondon, na cidade, promovido pela concessionária Centro-Oeste Airports (COA). Na ocasião, a empresa apresentou como serão as novas estruturas dos quatro aeroportos que detém em Mato Grosso: Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop e Alta Floresta.
O porto seco, ainda como explicou o prefeito, está sob análises e estudos, mas é um projeto totalmente pertinente e válido para a nova estrutura aeroportuária de Várzea Grande. “O porto funciona como um entreposto aduaneiro para locais distantes de portos, como é o caso de Mato Grosso. Temos uma única EADI, localizada no Distrito Industrial de Cuiabá. Sendo até hoje o único espaço alfandegário do Estado. O nosso porto funcionará dentro do aeroporto, pronto para os mais diversos regimes de operações e sem dúvida, vai reduzir custos para quem importa e exporta, fora esse outro campo de campo especializado que vai se abrir em Várzea Grande, voltado para o mercado internacional”.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, destacou que o estudo vai apontar as necessidades de adequações no regime tributário de Várzea Grande, podendo prever incentivos fiscais para promover e atrair a instalação de novas empresas, diversificando a matriz econômica de Várzea Grande. “Com um aeroporto modernizado e internacional é perfeitamente possível sim implantar um Porto Seco em Várzea Grande, pois com a chancela de ‘internacional’, podemos ter um local como esse para armazenar cargas durante o regime de importação ou exportação até que aconteçam os desembaraços pelos órgãos competentes, já que abrigam uma base da Receita Federal, que é responsável pela parte burocrática de tributação”.
No evento, o diretor-presidente da concessionária responsável pelos cinco aeroportos, Marco Migliorini, confirmou os investimentos na ordem de R$ 500 milhões e o cronograma de obras que prevê a entrega da nova estrutura aeroportuária de Várzea Grande para dezembro desse ano.