A promotoria de Justiça de Sorriso notificou a prefeitura e uma empresa que fará concurso público para que adotem as providências necessárias e não sejam repetidas questões nas provas, bem como qualquer outro tipo de ilegalidade que possa macular a lisura do certame, sob pena de anulação e responsabilização judicial dos envolvidos.
A promotora Élide Manzini de Campos instaurou inquérito civil para apurar possíveis ilegalidades na contratação da empresa para a realização do concurso, empresa que “acumula diversas denúncias perante a ouvidoria do município sobre eventuais fraudes em concursos públicos realizados em outras cidades. Diligências preliminares apontaram que a empresa figura como parte representada, investigada ou requerida em procedimentos extrajudiciais e judiciais de diversas naturezas em mais 11 municípios do Estado”.
“Dentre as supostas ilegalidades atribuídas à pessoa jurídica destaca-se a repetição de questões nas provas aplicadas em diversos concursos públicos realizados no Estado de Mato Grosso”, apontou a promotora de Justiça, acrescentando que,, se a irregularidade ocorrer em Sorriso, acarretará em nulidade do concurso público e das futuras nomeações de candidatos aprovados.
A prefeitura informou que mais de 7 mil pessoas se inscreveram, até o momento, para realizar o concurso público que vai preencher 72 vagas. Os salários chegam a R$ 7,9 mil. As inscrições no concurso público 01 foram prorrogadas até 18 de abril.
“Cobramos empenho da empresa, lisura e transparência. Estamos há 11 anos sem realizar nenhum concurso público e esse deve ser realizado com muito respeito à população de Sorriso”, declarou, anteriormente, o secretário municipal de Administração, Estevam Calvo.
