Enfim, chegou o grande dia. Chegada a hora de sermos contagiados pela onda verde amarela. É o momento de Cuiabá entrar para a história. A Copa do Mundo proporcionará o maior legado já visto nos últimos anos em todo o país. Os gastos abusivos considerados por muitos serão retornos e que não podem, nem de perto, ser comparados aos gastos com saúde e educação.
Deixamos de lado os ataques, mas as obras são o principal legado para o país. A Copa dura apenas um mês, mas os benefícios ficam para todos nós. As obras de mobilidade urbana servirão para modernizar e democratizar o trânsito na cidade. Em especial, a Região Metropolitana de Cuiabá, que contabiliza um milhão de habitantes. Agora temos estádio moderno e confortável, que vão além do futebol.
São arenas multiuso, que podem ser utilizadas para comércio, eventos e grandes shows. Francamente a Copa do Mundo serviu para governos e prestadores de serviços, enfim, colocar em jogo nada menos do que a capacidade de se organizar para tornar realidade as oportunidades que um evento dessa magnitude propicia não apenas ao esporte, mas à economia, à sociedade e ao futuro da nação.
O que mais importa nessa altura do campeonato são as obras de infraestrutura. Na condição de chefe de Estado o propósito é construir um legado. Para isso, é preciso pensar no uso das instalações após o evento. É preciso desenvolver empreendimentos de infraestrutura e de esportes pensando na viabilidade econômica para o futuro. O conceito de arenas com múltiplas funções, conciliando esportes, entretenimento e serviços diversos é um bom exemplo disso.
Outro fator que não podemos deixar de mencionar e que entrará para a história de todas as Copas do Mundo é o fato de ter sido a primeira a estabelecer parâmetros ecológicos e sociais a serem cumpridos por governos e empresas privadas que participem de sua organização. É o que a FIFA chama de “green goal” (gol verde), criado para marcar a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade na realização de grandes eventos. No caso de Cuiabá está a obrigatoriedade no que diz respeito à neutralização de todo o carbono produzido no evento.
Prova disso é o reconhecimento internacional da Arena Pantanal, com a conquista de vários prêmios mundial. O empreendimento recebeu na categoria empreendimentos públicos o destaque America´s Property Awards. O estádio foi escolhido não só por ser um dos estádios que vão receber jogos da Copa, mas pelo fato de ser comprometido com a sustentabilidade, com a responsabilidade socioambiental e requalificação urbana da cidade de Cuiabá.
De fato, a lição deixada pela maioria dos países que sediaram grandes eventos esportivos, como Copa do Mundo ou Olimpíada, mostra ao Brasil que quem começa antes e se planeja bem ganha mais. Sejamos otimistas e vamos deixar a bola rolar. Afinal, somos o "País do Futebol" e desejamos que esse amor do nosso povo por esse esporte se torne uma das características de nossa identidade da nação brasileira. Para nós o futebol é uma celebração da vida. Nada mais justo do que tirarmos de lado as nossas amarras e apreciar o momento histórico.
Emanuel Pinheiro é deputado estadual pelo Partido da República