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A saúde pública e a copa do mundo: temos um estádio, mas não um hospital !

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Durante os debates sobre o legado da copa realizados pelo governo do estado e pelo governo federal, escutei dos representantes que as obras estavam transformando Cuiabá e Várzea Grande em cidades modernas e preparadas para o futuro. Mas será que realmente temos ou que teremos essas cidades que o governo do estado tanto diz que está fazendo?

Não sei se no futuro as pessoas se curarão sozinhas sem que tenham um atendimento médico! Mas sei que hoje isso não acontece. A população de Mato Grosso sofre diariamente com a falta de leitos no sistema de saúde. Quantas pessoas o leitor conhece que já morreram por falta de atendimento, ou pelo menos sofreram muito por causa disso? Quantas mães, pais e irmãos e irmãs sofreram dias ou até meses de angustia e sofrimento por falta de médicos, medicamentos, aparelhos ou leitos?

                  Mas o que estas perguntas têm haver com a copa? O fato é que hoje temos um estádio moderno e de primeiro mundo, mas não temos um hospital. Ou melhor, temos um hospital há 30 anos em construção e que ano após ano dizem que ficará pronto e nada. Para quem quiser ver as promessas é só pesquisar no google que achará prazos e mais prazos que foram apenas ditos da boca pra fora. Será que saúde não é prioridade?

Não estou aqui falando de ser contra ou a favor da “Copa das Copas”. Estou falando de garantia de nosso direito constitucional a saúde, precisamos que o cidadão seja respeitado. Foram gastos mais de 500 milhões na construção de um estádio, somente os custos do sistema de Tecnologia de Informação beira os 100 milhões e sem falar no valor gasto para demolição do antigo estádio do verdão.

Isso mostra que o governo tem sim muito dinheiro em caixa. Então por que não faz os investimentos necessários em saúde? Não estou dizendo em preparar o sistema de saúde para os turistas e sim para mim e para você, brasileiros, que pagamos muitos impostos e não recebemos quase nada de retorno dos governantes.  Ao invés das melhorias que precisamos na nossa sociedade, vemos todos os mais aumentar o custo para nós de cada um dos políticos e ainda vemos escândalos atrás de escândalos que já se tornaram rotineiros na nossa sociedade.

Por fim, para os que amam o futebol, pensem em quanto vale a vida de uma pessoa amada? Pois para mim a vida não tem preço! Então cabe a nós nos questionarmos como na maior cidade do estado o governo estadual não construiu ao menos um hospital de alta complexidade para tratamento de nossa população? Para nós cabe apenas nós cuidarmos para não nos machucar, pois se isso acontecer não terá leito parar seremos tratados.

Caiubi Kuhn – Presidente da Associação de Pós-Graduandos da UFMT

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