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Caminhos para a transparência

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As eleições de outubro serão a sétima na vida brasileira nesses 26 anos que se seguiram à Constituição Cidadã. Entre as tendências que se afirmam, a transparência financeira ganha forte destaque.

São três as razões, todas interligadas. A primeira é o avanço natural da tecnologia que permite um amplo e seguro controle de custos. Hoje, todas as despesas de uma campanha, da contratação de pessoal à gasolina e cafezinho, podem ser controlada em tempo real, de maneira segura e fácil. Gráficos, mapas e relatórios facilitam a organização de bancos de dados e, por conseguinte, estratégias melhores delineadas.

A segunda é consequência da primeira. Como a evolução tecnológica é irreversível e dá saltos a cada eleição, vêm crescendo as pressões  para que as prestações de contas sigam ritos legais e os prazos estimulados pelo STE sejam cumpridos com rigor. Afinal, se não é mais preciso fazer controles à mão, como era praxe no passado recente, não há porque haver atrasos.

E, por fim, existe a própria reputação do candidato. Seja qual for o cargo em disputa, uma prestação de contas precisa, sem falhar e no tempo estipulado é uma garantia de que aquilo que foi prometido ao eleitor será cumprido. Ou, na pior das hipóteses, de que haverá empenho para que as promessas saiam das palavras para a prática.

Saindo do campo da tecnológica, a exigência de transparência quanto a origem e destino dos recursos ganha forma for força do próprio amadurecimento do processo eleitoral. Vale lembrar que caminhamos para a sétima eleição livre, inclusive com a escolha do presidente da república, sem qualquer crise institucional. Isto é muito positivo e cria paradigmas internacionais.

Como desdobramento, é fácil perceber que os custos das campanhas estão na ordem do dia. A razão para isso é a imperativa necessidade de assegurar igualdade de oportunidade para todos. A força dessa ideia tende a somar-se à tecnologia, incluindo as mídias sociais, para transformar as eleições em acontecimentos mais e mais livres e democráticos.

Átila P. de Jesus é empresário em Mato Grosso.

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