A Polícia Civil está fazendo a operação Escama e cumpre 11 ordens judiciais contra acusados por tráfico de entorpecentes. Os cinco mandados de prisões e seis de buscas estão sendo cumpridos em Sorriso, Sinop e Mirassol D’Oeste. A polícia informa que o líder do grupo responsável por negociar os entorpecentes foi preso em uma operação da Polícia Civil, em novembro passado e, a partir das investigações da Operação Xeque-Mate, chegou negociar em uma única transação 200 quilos de cloridrato de cocaína.
A investigação da delegacia de Sorriso estabeleceu a ligação entre o grupo, liderado pelo preso da Xeque Mate. Ele negociava no varejo as drogas fornecidas por, entre outros, um traficante de Mirassol d’Oeste, e depois repassava os pedidos a outro traficante. A polícia aponta que “a associação criminosa estabeleceu valores altíssimos na revenda dos entorpecentes”.
“Após anotar as encomendas e recolher o pagamento de cada um dos pequenos traficantes, o líder do grupo repassava os pedidos ao fornecedor e depois era ressarcido a título de comissão por quilograma de droga vendida. Ele se referia à pasta base de cocaína como ‘peixe amarelo’ e à cocaína pura como peixe pintado”, explica o delegado responsável pela investigação, Bruno França. Ele acrescentou que parte dos investigados já estava presa.
As investigações também apontaram que o suspeito, líder da associação de tráfico, usava o local onde trabalhava para comércio ilegal de medicamentos controlados e falsificação de receitas médicas, conforme apurado na Operação anterior lá, a Xeque-Mate.
Em uma das negociações com o atacadista, ele diz que precisa de 120 quilos de cocaína para enviar ao Pará e ‘reclama’ que às vezes não consegue ‘suprir a demanda’ de seus clientes.
A análise das informações permitiu ainda à equipe de investigação identificar um envolvido com tráfico, em Mirassol d’Oeste, como um dos fornecedores de drogas para o líder da associação criminosa de Sorriso. A investigação chegou ainda a informações de contas bancárias de terceiros que a liderança usava para ocultar o dinheiro recebido com o tráfico. “O investigado e líder do grupo se apresenta para população como um cidadão honesto, trabalhador e de poucas posses. Todavia, descobriu-se nas investigações que se trata de uma estratégia para não levantar suspeitas a respeito das atividades criminosas”, explicou o delegado, através da assessoria da Polícia Civil.
O investigado também passou a fazer a receptação de joias vindas do tráfico. A Polícia Civil apurou ainda que a intenção do grupo criminoso era abandonar o comércio de maconha e se dedicar, unicamente, à venda de pasta base e cocaína.
Atuam no cumprimento dos mandados equipes das delegacias de Sorriso, Sinop, Araputanga, São José dos Quatro Marcos e Mirassol d’Oeste.
Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui.