A Polícia Civil cumpriu hoje as medidas cautelares de afastamento da função pública, determinadas pela Justiça, contra seis policiais penais da Gerência de Intervenção Rápida (GIR), do Sistema Penitenciário Estadual. Eles são acusados de torturar uma policial penal, que teria denunciado um caso de importunação sexual durante um curso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
Na decisão, o juiz estabeleceu que as medidas cautelares fossem cumpridas pela autoridade policial e, determinou ainda, que os seis policiais penais estão proibidos de manter contato de qualquer natureza, pessoalmente ou por terceiros, e ainda por meio telefônico, telemático, cartas e outros com a vítima.
A decisão judicial atende à representação encaminhada pela Polícia Civil, por meio do Plantão de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica e Sexual, como parte da investigação instaurada para apurar o crime de tortura praticado, em tese, pelos policiais penais contra a também policial penal.
O crime foi denunciado pela vítima no último sábado (4), no Plantão 24h da Mulher. A vítima relatou que um colega de trabalho passou a mão em seu corpo e a espiou tomando banho. Depois, a policial teria sido torturada para desistir do curso e não comentar o caso.
A Polícia Civil informou que o procedimento foi encaminhado à Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, onde foi instaurado inquérito policial para apuração dos fatos.
