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PF cumpre mandados para apurar R$ 50 milhões em fraudes no auxílio emergencial em Mato Grosso e mais 11 Estados

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A Polícia Federal deflagrou esta manhã, a operação Apateones, com objetivo de desarticular uma organização criminosa espalhada pelo país e voltada a fraudes ao programa Auxílio Emergencial. São cumpridos 47 mandados de busca e dois mandados de prisão preventiva, expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas, em endereços localizados em Mato Grosso e mais 11, Goiás, Maranhão, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal. 

Ainda não foi informado em quais cidades de Mato Grosso são cumpridos os mandados e nem quantas ordens. Além das medidas de busca foram autorizados pela 9ª Vara Federal de Campinas, o bloqueio de bens e valores encontrados em nome dos investigados. Os envolvidos na operação estão sendo investigados pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa, cujas penas somadas ultrapassam 22 anos de reclusão. 

A investigação iniciou em agosto de 2020, com base em informação encaminhada pela Caixa Econômica Federal à Polícia Federal em Brasília com dados sobre 91 benefícios de Auxílio Emergencial fraudados, no valor total de R$ 54,6 mil e desviados para duas contas bancárias de pessoa física e de pessoa jurídica em Indaiatuba (SP). Após ser instaurada a investigação, a Polícia Federal em Campinas e “revelou milhares de outras fraudes”. 

O rastreamento inicial das transações indicou que parte dos envolvidos nestas fraudes estavam situados nos estados de Goiás e Rondônia, sendo este último, lugar de residência de familiares da pessoa física residente em Indaiatuba. Em um segundo estágio da investigação, os policiais constataram que os beneficiários em questão receberam valores provenientes de cerca de 360 contas do Auxílio Emergencial fraudadas por meio de pagamento de boletos e transferências bancárias. 

Após análises de RIFs (relatórios de inteligência financeira) e quebra de sigilos bancários, estima-se que a organização criminosa movimentou valores que ultrapassam os R$ 50 milhões, com mais de 10 mil contas fraudadas, detalhou a PF. 

“A operação é resultado de uma união de esforços denominada Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), da qual participam a Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, CAIXA, Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União”, concluiu. 

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