quinta-feira, 19/setembro/2024
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Somos tão jovens

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Quando o filme "Somos Tão Jovens" foi lançado, decidi não assisti-lo de imediato. Optei por ver toda a repercussão sobre o mesmo e decidir, posteriormente, se iria ou não vê-lo. Como se deve perceber, decidi assistir a adaptação cinematográfica sobre parte da vida do principal nome por trás da banda Legião Urbana. Ao término do filme, um misto de empolgação e decepção.

Minha empolgação, e também surpresa, foi ver novamente Renato Russo ali, na tela, muito bem interpretado pelo ator Thiago Mendonça. Porém, acaba por ai. A decepção ficou por conta da história, contada de forma superficial e "meia boca".

Sei que um filme sobre alguém que marcou uma geração, virou um mito e inspirou muitos pode dividir opiniões. Os mais fanáticos vão dizer que o filme é raso demais. Com toda a razão. Já assisti entrevistas do Renato, na antiga MTV, que são muito melhores do vi no filme.

Apesar da interpretação boa e convincente, as frases ditas pelo Renato Russo do filme soam caricatas e forçadas. O que dizer então da irritante ideia do diretor de criar uma situação e fazer com que Renato ou alguém diga algo referente a uma música da Legião, como se aquele momento tivesse sido crucial para a criação da canção. Renato chega aparece em uma festa com uma música diferente e então ele solta: "que música estranha com gente esquisita". Em outro momento, quando ele "dá bandeira" sobre sua sexualidade e paixão por Flávio Lemos, a amiga dele fala algo como "sei que você gosta de meninos e meninas". E isso não acontece estas duas vezes, parei de contar quando cheguei a quatro referências deste naipe.

E o que dizer sobre a ideia (do filme, é claro) sobre uma possível referência na criação da música Faroeste Caboclo. Sinceramente, quase desisti nesta hora. Porém, como o filme já estava em mais de sua metade, decidir levar o sacrifício até o final.

Apesar de tudo, não é um filme ruim. É apenas uma versão sobre a história de um ícone do rock nacional. Infelizmente, algumas decisões tomadas não me agradaram. O filme parece mais uma leve introdução para quem não conhece o Renato ou a Legião Urbana e, sendo assim, pode, a partir do filme, tomar conhecimento da causa e também se tornar um legionário.

Já ia me esquecendo, o filme vale muito a pena, principalmente, pelas músicas da Legião. Nunca envelhecem e ficam cada vez mais na memória.

Alex Fama é jornalista

 

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