O senador mato-grossense Wellington Fagundes (PL) teve audiência, hoje, com o ministro Alexandre de Moraes, juntamente com os senadores Carlos Portinho (PL-RJ), Tereza Cristina (PP-MS), Ciro Nogueira (PP-PI), Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Eduardo Girão (Novo-CE), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para tratar das condições dos presos pelos atos em 8 de janeiro, quando as sedes do Três Poderes foram invadidas e depredadas.
Após o encontro, o senador Rogério Marinho (PSDB-RN) disse esperar que mais detidos sejam soltos “nos próximos 15 a 20 dias” e que houve sinalização do ministro pela rápida liberação de pessoas que não tenham cometido atos criminosos, mas que acabaram eventualmente presas junto com os verdadeiros vândalos.
Ainda sem advogado, muitas dessas pessoas sequer pediram para serem soltas, frisou Marinho. Ele elogiou a Defensoria Pública do Distrito Federal, que tem trabalhado para identificar quem ainda não possui defensor constituído e fazer os respectivos pedidos de soltura.
O ministro soltou 225 pessoas desde segunda-feira (27) e cerca de 19 seriam de Mato Grosso por se tratarem de réus primários, que já foram denunciados, e que na maior parte das vezes têm filhos menores ou questões de saúde mas deverão usar tornozeleira eletrônica e ficar em casa durante à noite e aos finais de semana. Há mais mato-grossenses presos. Cerca de 781 manifestantes, de diversos Estados, permanecem no sistema penitenciário do DF.
Alguns dos senadores que estiveram com Moraes antes inspecionaram in loco a situação dos presos, após terem sido autorizados pelo ministro. Em ofício, os parlamentares se disseram preocupados com a “falta de informações acerca da individualização das responsabilidades dos envolvidos”. Isso é importante para “o tratamento adequado de cada detido, considerando seu comportamento, circunstâncias individuais e os aspectos objetivos e subjetivos do crime”, diz o documento.