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O motivo da revolta

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Os protestos públicos da semana passada e desta segunda feira iniciaram-se de maneira tão singular, foram tão rápidos que não foi possível prever onde chegariam. Não foi prevista maior envergadura ou importância histórica, não foi de maneira premeditada que aconteceu tudo isso.

As escaramuças começaram modestas, iniciaram-se sem intenções de qualquer repercussão mais profunda, de ordem nacional ou de ordem especificamente política. Tudo aconteceu porque nunca antes em nossa história a política foi tão infame. Nunca antes os políticos foram tão insolentes e descarados, nunca antes tivemos o patrocínio oficial de um partido político, claramente acobertando e dissimulando a corrupção, e ainda por cima, pensando ter engastalhado tudo isso na goela do povo, ao insinuar que eles roubam para o bem dos menos favorecidos pela sorte. "O PT "num róba, ele confisca" disse certa vez ministro Zé Dirceu, antes de cair nas malhas da lei.
O motivo da revolta é o modelo político.

Fala-se tanto de nossa democracia. Isso não é democracia. Um governo presidido por uma terrorista especialista em metralhadoras, um governo com uma corja de notórios patifes ocupando altíssimos cargos, um governo que tem coragem defender um excremento político tão favorável ao crime como essa PEC 37… não gente, já era tempo. E que não acabe em lero-lero.

Não há portanto, uma idéia do que é necessário para mudar o pais.
É certo que o governo corrupto virá adoçar a boquinha do público com conversa penhoradamente emotiva, prometendo atender às reivindicações explicitadas nas bandeirolas, encorajará tempestades de blábláblás, de discursos oportunos para suas novas campanhas publicitárias, sacará da cartola com urgência um novo programinha governamental, bem bomzinho e carinhoso.
Tenho forte sensação de que é exatamente isso o que vai ser proposto.

Porém o problema não se resume simplesmente ao preço das passagens de ônibus. O problema não se extinguiria com a milagrosa e urgente criação de um utopicamente excelente sistema de saúde ou de educação. Nem mesmo um encarceramento de calhordas como Lula e seu Zé Dirceu numa tentativa de aplacar animosidades, etc.
Nada disso pode ser considerado solução. É preciso entender a agudíssima dicotomia político-ideológica que se apresenta ao país neste momento: ou acabamos com essa patetada de esquerdismo idiota, acabamos com essa doença sócio-econômica esquerdista que todos os povos já conhecem, ou o regime político brasileiro abandonará seu tosco o disfarce, instalando a quixotesca ditadura. O sonho desses doentes mentais é que o Brasil se torne satélite de Cuba.
Uma medida inegavelmente positiva, talvez a mais efetiva que alguém poderia imaginar, (e sem ferir o dogma democrático) é excluir das urnas a sigla PT.

Emerson Ribeiro, médico em Sinop
[email protected]

 

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