O dia tem 24 horas, mais muita gente se esquece disso e quer esticar, guardar, estocar e até encurtar o tempo. Administrá-lo com eficiência é uma tarefa complicada para a maioria das pessoas. Conforme acompanhamento ao longo de dez anos, os executivos brasileiros gastam 60% de seu tempo durante a semana com o trabalho. Mas para ser um bom profissional não é necessário gastar a maior parte do tempo se dedicando à empresa, Há uma maneira equivocada de organizar o tempo na vida profissional e pessoal. Isso não deveria acontecer, porque vivemos numa sociedade em que administrar o tempo é fundamental.
O trabalho não pode ser a única forma de realização. Em vez de aumentar a produtividade, o envolvimento excessivo bloqueia a criatividade e o profissional acaba não conseguindo fazer nada. Nos últimos dois anos a qualidade de vida, as pessoas deixaram de se preocupar apenas com a produtividade no trabalho e passaram a procurar não só um bom desempenho profissional, mas também uma vida pessoal melhor. A vida particular sempre perdeu para a profissional. Mas está comprovado que qualidade de vida caminha lado a lado com a produtividade e que um não exclui necessariamente a outra.
Os empresários brasileiros estão percebendo que o ser humano é o fator principal da empresa. É possível dividir o tempo entre a empresa, o lazer, a família e a formação pessoal, sem se transformar num alcoólatra do trabalho, o que compromete a produtividade.
Para começar a se reeducar na administração da própria vida, que no início de cada ano, o profissional pare, reflita, planeja e defina objetivos profissionais, sem nunca se esquecer dos pessoais.
Ele destaca que a organização do tempo depende, é claro, de cada um, e que não há receitas milagrosas para multiplicar as horas. No entanto, existem algumas técnicas e equipamentos que podem ajudar a administrar o dia de maneira mais produtiva. Usar agenda e secretária eletrônicas, por exemplo, também exige disciplina e determinação. São ferramentas que existem para ajudar ou para atrapalhar, dependendo do uso que cada um faz desses aparelhos.
Reinaldo do Carmo de Souza é professor da Universidade de Cuiabá – UNIC