segunda-feira, 23/setembro/2024
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Juiz mantém presa idosa acusada de assassinato no Nortão e pede para MPE opinar sobre prisão domiciliar para advogada

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria)

O juiz Pedro Antônio Mattos Schmidt decidiu manter presa uma idosa de 71 anos, acusada de ter envolvimento no homicídio de Roberto Cândido Mateus, 42 anos, assassinado a tiros em outubro de 2019, na Estrada do Tatu, zona rural do município de Tabaporã (300 quilômetros de Sinop).

A suspeita está presa na penitenciária Ana Maria Couto, em Cuiabá, e alega que não está recebendo tratamento médico adequado para câncer de pele, hipertensão e diabetes. A defesa afirmou à Justiça que o quadro clínico da idosa “está em degradação, pois somente necessita de tratamento ininterrupto, em especial cirurgia, ou ainda quimioterapia, ou radioterapia”. Por esse motivo, pediu que a suspeita fosse colocada em prisão domiciliar.

Para o juiz, no entanto, as informações apresentadas no processo apontam que a penitenciária “está fornecendo o atendimento médico periódico à ré, inclusive com agendamento de dermatologista junto a regulação do estado para verificar a situação do câncer de pele”. O magistrado também ponderou que “não há qualquer laudo médico que indique que a ré esteja extremamente debilitada ou que não está recebendo o tratamento adequado na unidade em que está reclusa, tampouco que necessite de tratamento especializado fora do estabelecimento prisional”.

Além de manter a prisão da idosa, o juiz determinou que o Ministério Público opine sobre o pedido de concessão de prisão domiciliar para uma advogada que também é apontada como envolvida no assassinato. Ela chegou a ir para o regime domiciliar, mas, por descumprir as medidas cautelares e violar a tornozeleira eletrônica, acabou tendo a prisão preventiva novamente decretada.

Em novembro de 2021, conforme Só Notícias já informou, a Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público contra os quatro acusados de matar Roberto. Eles foram denunciados por homicídio qualificado, mediante paga ou promessa de recompensa, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. De acordo com o Ministério Público, o crime foi orquestrado pela idosa, que era sogra de Roberto e teria pago R$ 25 mil em cheque à advogada e a Amilson Santos Pereira para que encontrassem alguém para cometer o crime.

Após descontar o cheque, Amilson teria contratado o primo por R$ 15 mil para executar a vítima, pagando R$ 5 mil adiantados e o restante após o crime. Na data dos fatos, o executor dirigiu-se até uma estrada que dava acesso à fazenda em que Roberto Mateus trabalhava e, quando avistou o veículo da vítima se aproximando, fez sinal para que parasse. Aproveitando-se do fato de que a vítima o conhecia, teria efetuado diversos disparos de arma de fogo em sua direção. A Polícia Militar recebeu denúncia anônima e, ao chegar no local, encontrou a vítima já sem vida.

Segundo a promotora de Justiça Anízia Tojal Serra Dantas, o crime foi praticado mediante paga ou promessa de recompensa, por motivo torpe, uma vez que a sogra arquitetou a morte do genro motivada pelo desejo de que sua filha ficasse com a posse dos bens patrimoniais do ofendido após o divórcio do casal. A promotora também apontou emprego de meio cruel, visto que a vítima foi atingida por reiterados disparos de arma de fogo, e mediante recurso que dificultou a defesa de Roberto Mateus, que foi pego de surpresa.

Em setembro de 2021, o Tribunal do Júri condenou Amilson Santos Pereira por outro homicídio. Ele era réu confesso do assassinato de Jaqueline dos Santos, de 24 anos. A jovem foi morta com um tiro na cabeça e teve o corpo parcialmente carbonizado, em junho de 2020, a cerca de três quilômetros do centro do município de Tabaporã.

Pelo assassinato de Jaqueline, o juiz Rafael Depra Panichella sentenciou o réu a 22 anos e nove meses de cadeia. Por porte de arma foram mais dois anos de cadeia e por fraude processual foram mais três meses de detenção. Ao somar todas as penas, o magistrado decidiu que o réu deverá cumprir 25 anos de prisão, em regime fechado. Amilson segue preso.

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