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Fraternidade e Juventude

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A Igreja no Brasil ao repropor Juventude como o tema da CF deseja refletir, rezar com os jovens, reapresentando-lhes o Evangelho como o sentido de vida e, ao mesmo tempo, como missão. Pois o Evangelho é nossa vida e nossa existência. A CF é um convite para irmos ao encontro dos jovens e, ao mesmo tempo, é um convite aos jovens para se deixarem encontrar por Jesus Cristo.

– Jovens seguidores de Cristo
No processo de constituição de sua identidade, é natural que cada jovem se coloque à procura de referências relevantes. A busca de modelos pelos jovens é uma porta que se abre para lhes apresentarmos a pessoa de Jesus Cristo. Nesse sentido, um importante desafio da evangelização junto aos jovens consiste em ajuda-los a escutar a voz de Cristo em meio a tantas outras vozes.
O encontro real com Jesus responde às buscas existenciais, provoca entusiasmo, é uma experiência que suscita o discipulado missionário. O seguimento é fruto de uma fascinação, o discípulo é alguém apaixonado por Cristo, a quem reconhece como mestre que o conduz e acompanha (Cf. DA 277). Jesus, na sua juventude, também procurava os mestres e se reunia com sua comunidade. É na comunidade, partilhando a vida, ouvindo as palavras de Jesus que os jovens vão compreender o sentido da vida no plano pessoal e coletivo.
O projeto de Jesus é modelo de projeto de vida para os jovens, pois seu jeito de viver orienta o nosso viver! Jesus viveu para amar. Não viveu para si mesmo, mas para os seus. Jesus é alguém que veio ensinar, primeiramente, não uma doutrina, mas uma nova maneira de ser e de estar no mundo, transformando-o de acordo com os valores do Reino.

– A Igreja e o jovem
A Igreja no Brasil entende que o jovem se constitui em um "lugar teológico", isto é, acolhe a voz de Deus que fala por ele. De fato, Deus nos fala pelo jovem. Por isso é preciso acolher os jovens, como Jesus Cristo e proporcionar-lhes condições de vida e amadurecimento.
Todas as estruturas eclesiais são, portanto, convocadas a assumir como sua tarefa de expressar afetiva e efetivamente a opção preferencial pelos jovens, especialmente pelos mais empobrecidos (Texto Base 196).
A Igreja, em seu papel de Mãe na fé e Mãe educadora é a grande catequista dos jovens ajudando-os a crescer diante de Deus e dos seres humanos e ensinando-os a vivenciar o Evangelho como dom e tarefa na transformação do mundo. Faz-se necessário, sobretudo nos tempos atuais, uma catequese que ajude os jovens a assumir seu papel na comunidade eclesial e na sociedade. Os jovens precisam fazer a experiência da fé, muito mais do que apenas compreendê-la racionalmente.
A Igreja deve ser para o jovem o lugar do conhecimento e da experiência, do encontro e da amizade. Espaço propício para essa educação são os grupos de jovens, pastorais da juventude, movimentos, novas comunidades, etc. Esses espaços educativos e evangelizadores devem ser incentivados, apoiados e desenvolvidos em todas as nossas comunidades.
Como ministros dos sagrados mistérios, os Pastores devem ser os primeiros a acolher os jovens e servi-los em suas necessidades. Os consagrados, os catequistas, os missionários, os seminaristas, os leigos e os próprios jovens são convidados a se inserir profundamente nas estruturas dessa mudança de época, a encontrar novas linguagens para o anúncio do Evangelho, a testemunhar o amor de Jesus a cada jovem, a utilizar os recursos modernos de comunicação, das artes, dos esportes, enfim, tudo aquilo que possa ser útil e recomendável à consciência cristã.
– Jovens protagonistas
O protagonista é aquele que participa da sociedade e da Igreja de modo a influir significativamente nas transformações que fazem o mundo melhor. Sem o protagonismo o jovem não é motivado para assumir responsabilidade, para tomar iniciativa e para desenvolver habilidades de liderança. A juventude deve ser encorajada a assumir um papel de liderança e ousadia, para testemunhar a nova evangelização.
O protagonismo dos jovens é complementado e enriquecido pela assessoria, pelo preparo e pela experiência de adultos. Esse caminho deve ser trilhado de forma conjunta, fortalecendo o dialogo. A possível desconfiança de leigos e religiosos em relação ao potencial da juventude, para estar à frente de diferentes responsabilidades deve ceder lugar à confiança e ao caminhar junto.
– Pistas de ação
• Despertar os jovens para o profundo sentido da consciência humana, que apela sempre para o que há de mais digno, justo e belo;
• Proporcionar aos jovens oportunidades de diálogo com os pais, com os professores, com os sacerdotes, com os consagrados, com os seminaristas, com os catequistas, a respeito de seus projetos, de sua vocação, de seus desafios, de seus medos e de seus sonhos;
• Auxiliar os jovens a se compreender nessa mudança de época e a tomar consciência da realidade da cultura midiática em que se encontram, percebendo valores, desafios e perigos;
• Favorecer condições para que os jovens se abram à preciosidade da espiritualidade e da mensagem cristã, ao encontro profundo e sincero com Jesus Cristo;
• Incentivar os jovens a produzir, em linguagem midiática, mensagens para serem veiculadas no formato de clipping eletrônico, videoclipes para o Youtube e para outras redes sociais.
• Cuidar para que sejam propiciados aos jovens espaços e momentos para o seu encontro pessoal com Cristo;
• Organizar com carinho e com profundidade a catequese de iniciação cristã. A difusão do catecismo jovem (Youcat) tem sido algo válido em muitas dioceses e possibilita ao jovem o conhecimento dos conteúdos fundamentais da fé cristã;
• Promover, nas universidades, debates sobre a relação entre razão e fé, ciência e fé, sobre temas atuais relevantes, etc;
• Utilizar nas dioceses e paróquias, segundo suas condições, os novos recursos midiáticos de comunicação, não só para o anúncio do Evangelho e divulgação dos eventos pastorais, mas também para uma catequese mais viva e atraente e para uma formação universitária mais abrangente. A novidade do Evangelho pode ser ainda mais atraente quando utilizamos meios modernos de apresentação virtual e dinâmica;
• Valorizar e acolher os jovens, que devem ser vistos não só como o futuro da Igreja e da Humanidade, mas como o presente. Plenos de riqueza e de potencialidade, eles são fonte de testemunho de um verdadeiro amor a Cristo e à Igreja;
• Reconhecer os jovens como sujeitos de direito, cuja voz deve ser ouvida, acolhida e respeitada;
• Oferecer aos jovens canais de participação e envolvimento nas decisões nas instâncias eclesiais;
• Preparar os jovens para o diálogo inter-religioso, para que desenvolvam o sentido da fraternidade universal dos seres humanos diante de Deus, do respeito às diferenças e principalmente na resolução de conflitos familiares por disparidade de culto, sabendo respeitar as diversidades das experiências religiosas de nosso povo;
• Utilizar as redes para fomentar, divulgar e infundir o bem comum, com fóruns, debates e discussões via Web; reconhecer e favorecer o protagonismo juvenil na cultura midiática. Os jovens devem organizar encontros de formação para educar seus companheiros e outras pessoas ao uso sadio e educativo das novas mídias.

Irmã Maria Helena Teixeira, coordenadora de Pastoral da Diocese

 

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