A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos decretou a prisão temporária de Edgar Ricardo de Oliveira, um dos envolvidos nos assassinatos de 7 pessoas em um bar, na última terça-feira (21). A magistrada também determinou a transferência do preso para a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
A medida, segundo a juíza, leva em consideração a “repercussão nacional do fato, bem como a necessidade de resguardar a segurança e integridade física do autuado”. Rosângela determinou que, até a transferência, Edgar deve ser mantido em “cela condizente com a condição de preso temporária e com a sua segurança resguardada”.
O suspeito passou por audiência de custódia, hoje, em Sinop. Em depoimento, respondeu apenas questões chamadas “qualificatórias”, como endereço e ocupação, permanecendo em silêncio sobre os assassinatos.
A prisão temporária terá validade de 30 dias, tempo que a Polícia Civil deverá utilizar para concluir e encaminhar o inquérito para o Ministério Público. Após esse prazo, a Justiça irá reavaliar a situação de Edgar, com base nos pedidos feitos após a conclusão do inquérito e possível denúncia do Ministério Público.
O suspeito se entregou hoje à Polícia Civil. A equipe policial foi até a residência onde ele estava, na rua Projetada R no bairro Jardim Califórnia e cumpriu o mandado de prisão expedido pelo judiciário.
As forças de segurança estavam fazendo buscas desde o momento da chacina. O delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Bráulio Junqueira, detalhou sobre a prisão. “Ontem, o advogado entrou em contato e se prontificou a apresentar o Edgar. Conversamos e alinhamos a melhor estratégia, fez algumas exigências, entre elas a presença da imprensa e que ele estivesse junto com a equipe dele, para garantir a integridade. Nós deslocamos até o local indicado por ele e efetuamos a prisão”.
“Ele apresentou a versão dele em off para gente, mas vai responder por sete homicídios e todos eles qualificados. O mais importante é que o caso está resolvido, os autores estão identificados, um veio a óbito ontem em troca de tiros com a Polícia Militar e o Edgar agora se apresentou. O trabalho da Polícia Civil está encerrado nesse caso”, explicou.
Braúlio reforçou que ambos os acusados possuem passagens criminais. “O Ezequias que faleceu tinha várias passagens, as mais graves era roubo, porte ilegal de arma de fogo, formação de quadrilha, além de ameaça e lesão corporal. Já o Edgar tem duas passagens, por ameaça e lesão corporal, no âmbito de violência doméstica”, concluiu.
Ontem à tarde, o outro envolvido, Ezequias Souza Ribeiro, 27 anos, morreu em confronto com a polícia. A informação foi confirmada pela cúpula da PM e Polícia Civil em Sinop, em entrevista coletiva. “Chegamos através de informação de um dos suspeitos, se tratando do Ezequias que possui diversas passagens. Ele entrou em confronto com a equipe em uma área de mata. Ele foi levado às pressas, pelas informações que recebemos veio a óbito”, confirmou o coronel Sodré, comandante regional da PM.
Conforme Só Notícias já informou, os crimes ocorreram após uma desavença envolvendo jogo de sinuca no bar no Jardim Lisboa, com provável aposta de dinheiro. Os dois homens, que estariam jogando, cometeram as execuções à queima roupa e fugiram.
Foram assassinados Elizeu Santos da Silva, 47 anos, Orisberto Pereira Sousa, 38 anos, Adriano Balbinote, 46, José Ramos Tenório, 48, o dono do bar Maciel Bruno de Andrade Costa, 35, Getúlio Rodrigues Frazão Junior, 36, e sua filha, de 12 anos.
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