O juiz Diego Hartmann decidiu decretar a prisão preventiva do segundo suspeito de envolvimento na morte de Wanderley Leandro Nascimento Costa, (foto), de 36 anos, que residia em Cuiabá e era assessor do deputado estadual Wilson Santos. O suspeito foi preso na última segunda-feira, em Nova Mutum.
Ao fundamentar a decisão, Hartmann afirmou que o acusado era “pessoa aparentemente de confiança da vítima, a quem esta franqueava acesso ao seu veículo e à sua residência, a revelar a frieza e indiferença do conduzido com a
vida humana”.
O magistrado também levou em consideração as informações prestadas pelo próprio acusado, as quais “oferecem suporte informativo robusto de que ele estava na cena do crime no momento da morte da vítima, bem como teria auxiliado na ocultação do cadáver e fuga do coautor com os pertences da vítima”.
Em outro ponto da decisão, Hartman cita a tentativa de fuga do acusado. “Fica evidente, portanto, que a concessão de medidas cautelares diversas da prisão se revelam inadequadas e insuficientes, sendo necessária a imposição de decreto prisional preventivo para fim de acautelar o meio social – garantia da ordem pública – notadamente diante da extrema gravidade do delito e perigo para a sociedade – bem como para assegurar a aplicação da lei penal”.
Conforme Só Notícias já informou, investigadores descobriram que o suspeito estava hospedado em um hotel, próximo à rodoviária em Lucas do Rio Verde, e pegou um carro de aplicativo e pretendia ir até Cuiabá. Os policiais agiram rápido, foi feita a abordagem da do veículo na região de Nova Mutum e ele foi preso.
O delegado João Antônio, de Lucas do Rio Verde, informou, ontem, que Wanderley pode ter sido asfixiado. “Segundo ele e as informações coletadas, os dois indivíduos já vinham mantendo uma certa relação emocional com a vítima e eles não quiseram nos explicar com detalhes. A gente não tem acesso à perícia ainda, foi solicitado e é ainda muito prematuro dizer isso, mas, segundo eles, a vítima foi asfixiada e o corpo foi ocultado na região da capital”.
Em seguida, os dois fugiram em direção ao Nortão. Um envolvido no crime ficou em Lucas do Rio Verde e outro seguiu com o veículo GM Tracker preto, de Wanderley. “O carro foi localizado em Sinop. Nós temos imagens de câmeras, seguramente eles vieram para Lucas no carro, inclusive no próprio hotel onde foi encontrado temos imagens de câmeras e o carro que os levou até o local foi o carro da vítima”, concluiu.
O primeiro envolvido foi preso em Terra Nova do Norte (165 quilômetros de Sinop), também na segunda-feira, quando descia de um micro ônibus. Ele tem 18 anos, confessou ter matado Wanderley e revelou que o corpo estava na região conhecida como “Cinturão Verde”, nas proximidades do bairro Pedra 90. Policiais da capital fizeram buscas e conseguiram encontrar o corpo. Wanderley estava desaparecido desde a última quinta-feira (16).
Wanderley deixou quatro filhos. Em nota, o deputado Wilson Santos lamentou o falecimento. “Neste momento de dor, em que a notícia foi confirmada pela polícia, (o deputado) se solidariza à família, amigos e colegas de trabalho numa corrente de oração é fé. Que Deus possa receber nosso companheiro de braços abertos e consolar seus familiares. Que a justiça seja feita”, informou a assessoria.
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