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Eleições, pesquisas e votos

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No Brasil a cada quatro anos ocorrem eleições municipais, onde são escolhidos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, e representa uma oportunidade de mudanças, em que se faz a escolha através do voto direto. O eleito no processo democrático representa um grupo que o indicou através de um partido político. Neste dia 7 de outubro, estará à prova a vontade popular. Há cidades onde o povo poderá ter mais uma chance de escolha no dia 15 de novembro, com o segundo turno, que ocorrerá nas cidades que tiverem mais de 200 mil eleitores, e onde a votação não atingir o índice de 50% dos votos mais um.

O ato de votar é fundamental para a consolidação da democracia, principalmente quando feito com seriedade e com respeito aos demais cidadãos. Se votar errado, todos pagarão com penitências e sofrimentos nos quatro anos que seguem, pela má gestão ou desleixo funcional do legislativo. E daí não há como e nem a quem reclamar. Votar é compromisso sério.

Como votar certo? Essa é a questão! Não tem uma fórmula definida! Inúmeras são as recomendações de especialistas que ensinam como fazer a escolha. Porém, cada cidadão deve ter em mente que este simples ato, poderá influenciar na vida de todos por um longo período. Votar é escolher e escolher com consciência. Para tanto o eleitor deve obter todas as informações possíveis de seus candidatos, com intenção de conhecê-lo bem. E, deve optar por aquele que tenha condições de atender os anseios do seu grupo e da coletividade. O bom candidato apresenta suas propostas com clareza, demonstra sua competência com históricos de serviços prestados, e sua capacidade de realização e seu preparo, com currículo. O bom candidato tem qualificações que o habilita ao exercício do cargo pretendido. E daí fazendo a diferença para que o eleitor possa fazer sua opção consciente.

É necessário que o candidato tenha curso superior para ser um bom representante do povo? É evidente que não precisa ser graduado para exercícios dos cargos em disputa, mas se o candidato tiver essa qualificação, e demonstrar competência e habilidades com a coisa pública, melhor ainda será. Deve ser considerado este quesito como um valor a mais.

Como conhecer melhor os candidatos? Há diversas formas de se tomar conhecimento sobre eles. Atualmente a internet tem oferecido diversos recursos para isso. Mas geralmente o mais prático são os trabalhos feitos de divulgação, onde cada candidato aponta suas intenções, qualificações e propostas nas suas propagandas de TV e rádios. Melhor ainda seria se o eleitor tivesse a oportunidade e condições de conhecer seu candidato de perto, que tivesse a oportunidade de um bate papo olho no olho com ele, para saber bem suas pretensões. Outra opção são os debates, feitos por emissoras de rádios e de TVs, e algumas instituições.

Hoje em dia os políticos têm que estar preparados para atender as exigências deste século. A comunicação é primordial para a sua divulgação, e falhas aqui podem condená-los ao fracasso!

O eleitor deve sempre se certificar sobre tudo que for exposto sobre os candidatos. Ponderando sempre! Tanto sobre o que é abordado de bom sobre estes, como o que for lançado de ruim. Para não sofrer influências de informações falsas ou caluniadoras, feitas por pessoas mal intencionadas. Daí, para melhor fazer a escolha, o eleitor precisa reunir e avaliar toda informação que conseguir sobre os candidatos e de acordo com as conclusões, votar.

Atualmente os políticos mais adaptados a modernidade, já estão cercados de profissionais, especialistas de cada ramo, para desenvolver a campanha eleitoral, para que suas intenções sejam bem sucedidas, principalmente expondo as suas informações de maneira mais acessível a todos. Para isso contam com estatístico habilitado, com estrategista e publicitário fazendo o acompanhamento e dando as orientações na campanha. É certo que não sou especialista do assunto, mais é fácil afirmar que no estágio de evolução de hoje, não se pode mais evitar a tecnologia e nem o conhecimento de profissionais sobre o processo eleitoral. Hoje, não cabe mais ao político aventurar sozinho com ajuda apenas de amigos e parentes. Se assim fizer está predisposto ao fracasso. Pois, as equipes profissionais vão se encarregar de fazer pesquisas, e com resultados destas, montar as estratégias da publicidade e ação para atrair os eleitores e seus votos. Essas ações integradas deverão ser ordenadas da melhor forma para que o eleitor entenda as vantagens que acompanham os candidatos em disputa. E por isso a idoneidade da pesquisas feitas pelos institutos conta muito. Pois é com o resultado dessas pesquisas que o estrategista tem que lidar.

A imprensa geralmente divulga os resultados das pesquisas. E muitos até fazem disso bases para suas projeções, previsões e opiniões. Particularmente entendo que elas tem significado maior, apenas ao agente que as encomenda. Pois as amostras podem estar concentradas num determinado bairro, por conta da necessidade de se montar estratégias de trabalhos publicitários, etc. Outro fato que chama a atenção são resultados dos indecisos, muitas vezes são números elevados, tornando os resultados pouco relevantes. E nas avaliações geralmente não são tão destacados. Todavia, essa questão merece ser vista com seriedade pelo indivíduo que está participando do pleito e pela imprensa que espalha a notícia. Todos devem estar atentos ainda a metodologia aplicada, a abrangência dos dados coletados, à quantidade de amostras. E à localização delas, e observar a representatividade dos dados amostrados e o número de indecisos. A pesquisa serve como um termômetro da aprovação ou reprovação dos candidatos. Mas podendo ser objeto de confusão pelo público menos informado.

Contudo, o trabalho de pesquisa deve ser observado com bastante seriedade, quando elaborada por um instituto idôneo, e por profissional devidamente habilitado em estatística, registrado no Conselho Regional de Estatística ˆ (CONRE) e de acordo com o que a Justiça Eleitoral determina para ser representativa, e considerada válida e importante para o processo eleitoral.
Em meu ponto de vista, a pesquisa hoje em dia pouco implica na migração de votos de um candidato para outro, pela enormidade de influentes formadores de opiniões que se tem pelas redes e rodas sociais, e em toda parte nos círculos de conversas, pelas cidades. Embora também existir quem tente usar dos resultados das pesquisas para modificar o cenário. E, dependendo de como o candidato ou sua equipe se utilizar da divulgação das pesquisas, estas podem servir ainda como um „fogo amigo‰.

Domingos Sávio Bruno é Engenheiro Florestal em Mato Grosso
[email protected]

 

 

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