quarta-feira, 24/abril/2024
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Não ! “Várzea Grande não trabalha de costas para si mesma”?

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Muito bem professor João Edisom, expôs toda essa fétida ferida que está aberta e purulenta. E que a cada dia vem mais um e bota o dedo nela, sem qualquer assepsia mesmo! 

Mas ao que tudo indica, a nossa cidade possui, conforme dados de IDSM de 2010, referente aos indicadores das desigualdades socioeconômicas de Mato Grosso, a cidade que conta com PIB de R$3.000.096.000,00. Sendo 67% gerados por serviços. E, 18%, gerados pela pequena indústria aqui instalada. Mais 1% da Agropecuária. De acordo com os dados de domicílios, verificou-se que a renda familiar está assim distribuída: de 0 a 1 salário mínimo, 12.164 – 16% dos domicílios. De 1 a 2 salários mínimos, 17.657 – 24%. De 2 a 5 salários mínimos, 30.371 – 41%. De 5 a 10 salários mínimos, 10.968 – 15%. De 10 a 20 salários mínimos, 2.848 – 4%. E, mais que 20 salários mínimos, 633 – 0,85% dos familiares domiciliados. O que se percebe nitidamente que 81% das famílias da população percebe de 0 a 5 salários mínimos. 

Fonte: http://www.amm.org.br/amm/constitucional/noticia.asp?iId=246562&iIdGrupo=6267.

Assim podemos concluir que qualquer solução para esta cidade não está ligada apenas à pagamento de impostos, mas principalmente à renda. Pois com “O IDSM para a Várzea Grande é de 0,563 e de Cuiabá é de 0,509.” Resultados medianos, que indicam necessidade incentivo e de implementação de atividades industriais na cidade. Ou seja, é preciso impulsionar instalações de industrias no município, para que se criem novas frentes de emprego e consequentemente aumente a renda para a cidade. Depois disso, sim, poderemos comentar pagamentos de impostos pela população. Pois com baixo índice de emprego e com baixa renda, como fazer professor, para este povo pagar os impostos, que estão bem elevados?

Ora, alguma coisa está fora da ordem, nessa sua exposição das dores da nossa gente. Mas vale dizer que, é muito bom saber que tem pessoas assim, que se preocupam com a esta cidade. Isso prova que existe mesmo uma solução, basta boa vontade política. Os problemas são mesmo notórios!

Mas essa reflexão deve ser mais complexa. O que importa neste momento é que essas opiniões servem de alerta também. Obrigando que povo e atores da cidade pensem mais no seu comportamento e nas suas atuações. Sobre o que fazem e podem fazer para mudar e melhorar a cidade.

Desta cidade já se elegeram governadores, deputados e senadores saídos e até nascidos daqui. Mesmo assim, pouco se percebe dos benefícios localizados… Parece que as coisas não acontecem como deveriam!

Coragem essa gente tem de sobra! Vontade de trabalhar também. A prova é a luta que trava cada dia os empreendedores, construindo e expandindo da maneira que podem e conseguem. Mas as dificuldades são inúmeras também. Todos os dias se lê uma diferente.

A cidade de Várzea Grande recebeu o título de cidade industrial em 1966, com a instalação da MATOVEG. Ora, Várzea Grande teve a sua primeira indústria instalada na cidade, em 1966. A indústria teve aqui um curto período de funcionamento e logo veio também a sua extinção. E de lá pra cá muito pouco, quase nada mais houve a destacar nessa área. Assim conclui-se que o que está faltando nesta cidade é mais indústrias e políticos visionários!

E não me digam sobre impostos, pois com IDSM ridículo de 0,563 não dá para falar em impostos, onde mais de 80% da população dependem de salário mínimo, vindo a maioria do comércio, praticamente.

Há que se facilitarem em várzea grande as instalações de atividades industriais, como esmagadoras de soja, tecelagens, fábricas de móveis, frigoríficos, etc. Há que se aproveitar a matéria prima produzida no nosso estado para transformá-la em produtos acabados, aqui na nossa cidade. Aproveitando a mão de obra existente, qualificando-a e preparando-a conforme a demanda. E assim, gerando mais empregos e mais renda para essa gente. Assim, com tudo isso dias melhor realmente virá!

Não! Não professor! Várzea Grande não trabalha de costas para si mesma! O seu povo não! Não seriam os políticos daqui que parecem adquirir uma miopia crônica logo após eleitos??? Parece que se esquecem das suas funções, ou não encaram a cidade de frente, ficando apenas em explicações sempre mal acabadas. 

Numa cidade como a esta, é preciso planejar todo tempo. É preciso projeto para 20 a 30 anos futuros. Mas é preciso que cada projeto tenha cronogramas com acompanhamentos trimestrais! E avaliações de eficácia permanentes!

Ora que acabem as disputas com as eleições! Pois é notado que, muitos mantêm uma disputa doentia tão logo acabam os pleitos eleitorais, demonstrando o que parece que não sabem perder. E assim, acabam prejudicando ainda mais a cidade já tão deficiente em diversas áreas… A saúde, a infraestrutura e a segurança são as feridas que mais doem por aqui… Atentai bem professor! O povo nota de frente toda essa dificuldade, mas o que falta é quem comande a cidade pensando no desenvolvimento de fato, de frente com a realidade, pensando no agora, mas com o olhar no futuro!

Domingos Sávio Bruno é engenheiro florestal em Mato Grosso
[email protected]

 

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