sexta-feira, 19/abril/2024
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Miséria e moradia

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É assustador a gente ver nas páginas da imprensa, sobre trabalho escravo, ou situação análoga à escravidão. E ver que a situação de gente que mora nas ruas, nas favelas ou em barracos improvisados, frutos de invasões e em situações de riscos, nas cidades são até muito piores que aquelas…

Pois bem. Se o MP encontrar gente trabalhando, acampada nessas condições, certamente, vai lá e autua o patrão por situação análoga a escravidão. Está correto!

Ora. Então viver assim, como nas favelas e em "barracos" , em locais insalubres, não é condição análoga a escravidão? Parece pior que isso! É condição real de abandono! É resultado da falta de emprego, que deveria ter sido mantido lá atrás, quando ao invés de orientar, acabaram decretando o fim do empreendedor, etc. e tal… É! Isso é falta de políticas públicas que contemplem o cidadão com trabalho, com saúde, com transporte, com educação, com qualidade de vida e com moradia digna.

Isso tudo é resultado da falta de visão dos políticos e daqueles, que estudam, ocupam cargos importantes, ganham proventos avultados… Mas que cobrem os seus olhos com uma "nuvem", e não olham pelo lado dos mais carentes.

Claro que quem comete esse tipo de falhas, merece todo tipo de punições que prescreve a lei. Pois quem mantém trabalhadores (pessoas) numa situação degradante, tem que ser castigado pela lei.

Porém, há que se ter razoabilidade nessas questões. Toda vez que se for fechar uma saída, há necessidade de se abrir novas outras portas, bem mais acessíveis… Para que seja punido, não o ser mais frágil, que depende do trabalho para sustentar sua vida.

Domingos Savio Bruno – engenheiro florestal – ex-gerente técnico, chefe de distrito Fundação Nacional de Saúde/CRMT e atuou como inspetor chefe do CREA-MT – Inspetoria de Várzea Grande

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