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Piracema acabou domingo e Sema divulga balanço parcial

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A Coordenadoria de Fiscalização de Pesca, vinculada a Superintendência de Fiscalização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) divulgou neste fim de semana o resultado parcial das operações de fiscalização, após quatro meses de piracema no Estado. No total, desde o início da piracema em novembro de 2009 até a última sexta-feira (26.02), foram apreendidos em Mato Grosso mais de 7,7 toneladas de pescado irregular, além de outros apetrechos utilizados na pesca predatória. No período foram aplicadas multas no valor de R$ 1,1 milhão.

A piracema (época do ano em que algumas espécies de peixes se reproduzem), teve início em 5 de novembro e terminou ontem. Nesse período, é proibida a pesca, inclusive na modalidade “pesque e solte” e também o transporte e a comercialização do pescado proveniente de pesca de subsistência. Com o término do período de proibição, a pesca está liberada em todos os rios do Estado.

A coordenadora de Fiscalização da Pesca, Roseli de Almeida, explicou que esta semana será divulgado o resultado final das operações de repressão à pesca predatória. Nesse momento, falta contabilizar os números do último fim de semana na Baixada Cuiabana e as informações provenientes das unidades regionais da Sema.

As ações de repressão à pesca predatória, realizadas pela Sema e suas Unidades Regionais, em parceria com as Polícias Militar e Civil e Juizado Volante Ambiental (Juvam), até a última semana, já haviam apreendido 2.318 anzóis comuns, 673 anzóis de galho (pinda), 38 armas de fogo, 16 barcos 220 bóias/galões, 16 caixas com acessórios de pesca, 14 caixas térmicas/isopor, 54 canoas, duas carteiras de pesca, 122 espinheis, 23 freezers, 60 molinetes, três motos, 16 motores de popa/rabeta, 419 munições, 591 redes, 26 remos, 119 tarrafas, 66 varas de pesca e oito veículos.

MONITORAMENTO

Em paralelo as ações de repressão a pesca predatória, neste mês de março, a Sema estará concluindo o monitoramento continuado da vida e reprodução dos peixes das bacias de Mato Grosso. Esse trabalho que vem sendo feito em parceria com pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), e outras instituições e irá resultar em informações sobre a desova de algumas das principais espécies de peixe e seus hábitos alimentares.

“Um dos focos da pesquisa é verificar se o período de proibição da pesca estabelecido pela legislação é compatível com o período reprodutivo dessas espécies contribuindo para a proteção dos recursos pesqueiros do Estado e o gerenciamento das atividades pesqueiras de forma a conciliar os interesses econômicos, sociais e ambientais”, explicou a coordenadora de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, Neusa Arenhart (coordenadoria vinculada à Superintendência de Biodiversidade).

As pesquisas estão acontecendo em duas bacias: Amazônica e do rio Paraguai. Na primeira, as coletas de espécies para as análises são feitas no rio Teles Pires, no município de Sinop (500 quilômetros de Cuiabá). Já na bacia do Paraguai, as coletas estão sendo feitas em pontos abaixo do município de Cáceres (225 quilômetros de Cuiabá), acompanhando espécies como pacu, dourado e cachara.

Segundo a coordenadora, os primeiros resultados desse monitoramento indicam, por exemplo, que os peixes sem couro são os que desovam primeiro. O pacu no mês de novembro apresenta ova maturada, pronta para concluir o ciclo reprodutivo, o que acontece logo no começo de dezembro. Os peixes de couro, entre eles a cachara, são os últimos a desovarem, entre os meses de janeiro e fevereiro.

 

 

 

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