Os professores da rede estadual de Educação decidiram manter a paralisação das atividades por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante assembleia da categoria, finalizada agora há pouco. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Gilmar Soares Ferreira, afirmou, em entrevista ao Só Notícias, que o governo manteve a proposta de implementação gradativa do piso salarial de R$ 1.312 a partir do final deste ano.
Esta proposta é rejeitada pela categoria, que pretende garantir este piso imediatamente. O governo até aceita dar este aumento imediato, mas apenas para os professores de nível médio, enquanto os demais trabalhadores começariam a receber o piso somente a partir de dezembro de 2011. Esta proposta também é descartada e até o momento nenhuma outra proposta foi proposta pelo governo do Estado.
O sindicalista informou que também ficou decidido, durante a assembleia, que os grevistas vão montar um “acampamento” na praça Ulisses Guimarães, na avenida do CPA, em Cuiabá, a partir de segunda-feira (20). A praça fica próxima a sede do governo. Além do acampamento, eles prometem iniciar vários atos públicos a favor das reivindicações da categoria como vigília em frente a sede do governo e passeatas por várias cidades de Mato Grosso.
Esta tarde houve um manifesto "diferente", por parte de um professor, durante a assembleia. Ele tirou as calças, por alguns instantes, para protestar contra o governo estadual.
Conforme Só Notícias já informou, a greve foi aprovada na assembleia geral do dia 30 de maio e teve início na segunda-feira (6). O Sintep afirma que 100% dos municípios mato-grossenses aderiram à greve na rede estadual de ensino. No entanto, em Sinop, por exemplo, algumas escolas não aderiram à paralisação ou aderiram parcialmente e as aulas continuam.
(Atualizada às 19:27h)