A dívida líquida do setor público aumentou R$ 9,664 bilhões no mês passado e atingiu o montante de R$ 1,104 trilhão, o equivalente a 44,4% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país ao longo dos últimos 12 meses, calculadas em R$ 2,489 trilhão. Houve, portanto, um aumento de 0,1 ponto percentual na relação dívida/PIB, comparado aos 44,3% verificados na equivalência do mês anterior.
As informações estão no relatório de Política Fiscal divulgado hoje (29) pelo chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, Altamir Lopes. Ele disse que o comprometimento do PIB com a dívida líquida é menor, porém, que os 44,9% registrados em dezembro do ano passado, e o BC mantém a expectativa de chegar ao final do ano com relação de 44,2%.
As maiores contribuições para essa redução, segundo ele, vieram do superávit primário de janeiro a julho , economia para o pagamento da dívida, e da própria valorização do PIB. Em sentido contrário, pesaram os juros acumulados de R$ 92,941 bilhões no ano mais o ajuste decorrente da valorização de 12,2% do real frente ao dólar norte-americano e o ajuste de paridade da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida.
Quanto à dívida bruta do governo geral, que envolve também estados e municípios, houve redução de R$ 37,751 bilhões em razão, principalmente, dos resgates líquidos de títulos da dívida mobiliária. A dívida total, que em junho era de R$ 1,655 trilhão (66,9% do PIB) caiu para R$ 1,617 trilhão (65% do PIB) em julho.