A Fundação Getúlio Vargas, em parceria com a ONG Trata Brasil publicou ontem, nos principais jornais do país, uma pesquisa sobre a situação do saneamento no Brasil, mostrando os contrastes entre as capitais metropolitanas e suas periferias. Além de Cuiabá, a pesquisa mostra que em Belo Horizonte, um quarto da população que vive ao redor das áreas centrais convive com a situação de esgoto a céu aberto. O quadro é mais dramático nas periferias de Porto Alegre, Fortaleza e Pernambuco, onde menos de dois terços da população têm acesso à coleta de esgoto.
Como em Cuiabá, o baixo índice de cobertura de coleta e tratamento de esgoto na maioria dos municípios brasileiros, é conseqüência direta de mais de 20 anos sem políticas públicas de saneamento no Brasil. Reverter esse quadro é algo extremamente difícil de conseguir sem a participação conjunta dos governos Federal, Estadual e Municipal.
Apesar dessa precariedade de investimentos, que culminaram nos problemas de hoje, o prefeito Wilson Santos tem feito uma verdadeira revolução no sistema de saneamento básico. Desde que assumiu a Prefeitura de Cuiabá, em 2005, Santos vem colocando o saneamento dos bairros de Cuiabá como uma das prioridades de sua gestão.
Quando assumiu o governo municipal, a Capital coletava e tratava menos de 20% de esgoto. No primeiro mandato, esse índice foi elevado para 30%. A meta do prefeito Wilson Santos, com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é alcançar 70% de tratamento de esgoto em Cuiabá.
Além disso, a Capital de Mato Grosso acumula muitos avanços, com obras importantes em várias regiões da cidade, como: Pedra 90, Morada do Ouro, Nova Esperança e Barbado, todas elas viabilizadas pela Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) com recursos próprios da Prefeitura.
De 2005, a Prefeitura de Cuiabá investiu cerca de R$ 10 milhões em obras de saneamento básico. Obras como execução da rede coletora de esgoto e ligações domiciliares no bairro Renascer, onde o Executivo Municipal desembolsou R$ 937.513,35. Como a adequação das Estações de Tratamento de Água (ETA I e II), com um investimento de R$ 765. 632,99, para citar apenas duas.
Wilson é enfático e garante que "houve ampliação dos serviços de água e esgoto na Capital mato-grossense nos últimos cinco anos, mas afirma que o problema está longe de ser equacionado". Segundo dados da pesquisa, apenas 49,4% da população brasileira é servida pela rede de coleta. Ou seja, praticamente metade do Brasil convive com a situação de "esgoto a céu aberto".
No caso de Cuiabá, Wilson Santos acredita que a Copa do Mundo de 2014 será uma oportunidade de universalizar o saneamento básico no país. "A Copa será uma oportunidade de Cuiabá atrair investimentos e de chamar a atenção de todo o planeta, principalmente, por estar localizada no pantanal mato-grossense. Por isso os governos federal e estadual têm obrigação de priorizar o serviço".