O vice-prefeito José Jaconias da Silva (PT) depõe, daqui a pouco, durante sessão da câmara, no julgamento de cassação dos mandatos de políticos acusados de corrupção em Tangará da Serra. Neste momento, o depoimento é do vereador afastado Genilson Kezomae. A sessão, que foi retomada às 7h, já ouviu os vereadores também afastados Celso Ferreira, Paulinho Porfírio e Haroldo Lima. Após ouvir Kezomae, será a vez do depoimento do vice-prefeito José Jaconias da Silva (PT) e logo em seguida do prefeito do município, Júlio César Ladeia (PR). Cada acusado tem o direito de usar da palavra em sua defesa pelo período de duas horas.
Somente após ouvir todos os acusados será iniciada a sessão de julgamento do prefeito, vice e dos quatro vereadores. Cada um dos vereadores respondem por oito itens. O vice-prefeito responde por nove itens e o prefeito por dez itens. Ao todo, os vereadores analisaram 51 itens, que serão votados um a um, de todos os acusados. Se algum deles for condenado por um item, o mandato já estará automaticamente cassado.
O assessor de imprensa da Câmara de Tangará, Lauro Vaccari, informou ao Só Notícias que os vereadores julgadores do processo estão “confinados” no prédio do Poder Legislativo desde o dia 24 deste mês. Já foram lidas as 728 páginas do relatório final e hoje deverá ser finalizado as considerações finais. O assessor acredita que o término da votação dos acusados possa terminar até às 22h. “A Câmara está seguindo tudo como manda a Constituição Federal, respeitando prazos e a defesa”, afirmou.
Conforme Só Notícias já informou, o grupo é acusado de se beneficiar de irregularidades e desvios de recursos destinados para a saúde, através da contratação do instituto Idheas, aprovado pela câmara tangaraense. Os vereadores são acusados de quebra de decoro parlamentar ao votarem o projeto que autorizou a contratação da Oscip pelo município para gerir a questão da saúde local. Devido a este fato, além da possibilidade de perder o mandato, os vereadores também podem ser condenados por atos de improbidade administrativa, no qual já respondem devido a uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público.