O jornalismo matogrossense perdeu, esta tarde, um de seus principais expoentes: Clovis Roberto. Ele estava com câncer no pulmão e lutou há vários meses contra esta terrível doença. Ele estava hospitalizado desde a semana passada. Familiares decidiram que o velório será na capela Jardins. O sepultamento está previsto para esta quinta-feira, às 15h, no cemitério parque Bom Jrdim. Clovis tinha 63 anos e apresentava o Cadeia Neles, da Tv Record em Cuiabá, foi suplente de deputado estadual e assumiu, alguns meses, na Assembleia Legislativa, em 2006.
O jornalista considerava que começou na área da comunicação aos 12 anos. Paralelamente aos estudos, em Araçatuba – nasceu ali perto, em Mirandópolis (SP), começou a trabalhar numa companhia de cinema. Atendia o telefone e passava as informações (sinopses inclusive) sobre os filmes em cartaz. “Quer dizer, esse foi meu primeiro emprego como comunicador”, contou ele em entrevista ao jornalista Luiz Fernando Vieira do caderno Vida do jornal A Gazeta, em maio deste ano, quando voltou do longo período de tratamento. Depois, aos 14 anos, graças a um amigo que dirigia um jornal chamado A Comarca começou a fazer revisão e redigir para o último caderno.
Com 17 anos migrou definitivamente para o rádio, começando em Três Lagoas (MS), indo depois para Andradina (SP). Graças ao emprego numa rede de emissoras, passou a rodar por outras cidades do interior paulista. Veio em 1971 para trabalhar em Rondonópolis (212 Km ao sul de Cuiabá). Iria passar apenas três meses lá, a princípio, e acabou ficando 19 anos. Então surgiu o convite para trabalhar no Grupo Gazeta, onde esteve até a presente data. Clóvis virou a “cara” do Cadeia Neles, programa que apresenta desde o dia 1º de abril de 1996 e que lhe dava, segundo ele, um prazer especial em fazer.
Profissional exemplar, Clovis trabalhou até o fim da vida. Apaixonado pelo rádio, fez a cobertura das eleições do primeiro turno em Mato Grosso pela CBN Cuiabá. Em uma das reportagens, Clovis Roberto também mencionou reportagem de Só Notícias. “Clovis merece todo nosso respeito. Profissional de competência inquestionável e exemplar, deixa uma grande lacuna no jornalismo matogrossense”, lamenta o diretor de Só Notícias, Marcos Azevedo, amigo de Clovis.
(Atualizada às 21:02h)