O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, disse que é “insuficiente” a pena de aposentadoria compulsória, decidida hoje, pelo Conselho Nacional de Justiça, para 3 desembargadores e 7 juízes do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, acusados de desvios de recursos públicos (R$ 1,5 milhão) para beneficiar a loja maçônica Grande Oriente. “A aplicação da aposentadoria seria uma espécie de benefício, ao invés de uma punição – disse o presidente nacional da OAB, propondo uma reflexão sobre a Lei de Organização da Magistratura (Loman) ao CNJ. Para ele, o Tribunal de Justiça do Mato Grosso passou a funcionar como uma filial loja da maçonaria, o que é “muito grave e mostra indícios de corrupção e de transgressão à lei”, afirmou, em entrevista ao jornal O Globo.
“Na minha opinião está cristalino que o Tribunal de Justiça do Mato Grosso passou a ser uma filial da loja maçônica Grande Oriente, socorrendo-a em momento de dificuldades financeiras”, sustentou Ophir. Para o presidente nacional da OAB, o magistrado não pode confundir o público com o privado e não deve se esquecer de que têm de encarnar uma postura ética.
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