PUBLICIDADE

Desvinculação de receita é vista como solução para Mato Grosso

PUBLICIDADE

O Projeto de Emenda Constitucional número 143/2015, que tem o objetivo de desvincular recursos obrigatórios para áreas como Saúde e Educação, está a um passo de ser aprovada no Senado. A PEC da Desvinculação, como ficou conhecida, é de autoria do senador Dalírio José Beber (PSDB-SC) e recebeu o voto favorável do parlamentar Wellington Fagundes (PR). Além dele, o secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, também defendeu a proposta que está sendo alvo de críticas e desconfiança por parte da Federação das Entidades dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil (FENASTC), pois poderia abrir brechas para desvio de verbas em detrimento das áreas essenciais.

O senador por Mato Grosso apoiou a medida e a defendeu na tribuna, na última semana. Fagundes acredita que a PEC ajudará os estados e os municípios a gerirem melhor seus recursos. “Eu votei na matéria para permitir que os prefeitos, principalmente, possam compatibilizar os orçamentos municipais. A matéria está pronta para a votação em segundo turno e assim que aprovada será encaminhada para a Câmara”.

O secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, vê com bons olhos a chamada PEC da Desvinculação. Para o representante do Executivo, a medida já está sendo debatida há tempos no Conselho Nacional de Políticas Fazendárias (Confaz) e os demais secretários de Fazenda do país já são unânimes quanto a sua aprovação. “Esta desobrigação é o desejo de todo gestor público. A União já vem fazendo isso, o que dá a premissa de que os estados também podem realizá-lo”.

O assunto, inclusive, vem sendo debatido pelo Fórum Brasil Central. Na contramão do secretário mato-grossense, o presidente da FENASTC, Amauri Perusso, disse que a medida em si já é um ato de corrupção. “Quando se prioriza o mercado financeiro em detrimento de serviços e obrigações básicas como Saúde e Educação, já se está fazendo um ato de corrupção, que não saberemos de antemão prever qual será o impacto, mas que no fundo é sobre a grande questão que estamos discutindo: uma tentativa de conceder privilégio absoluto as chamadas despesas financeiras. Hoje temos na Constituição Federal obrigações com a Saúde, Educação e até para que suas contas sejam julgadas regulares – você terá de obedecer a lei.

O que o congresso fará com a PEC é produzir uma desobrigação de aplicar nesses setores e liberar os recursos para que sejam alocados no setor financeiro”, argumentou. “Na prática, essa intervenção estabelecerá tanto um novo patamar de gastos mínimos a serem executados quanto um novo sistema tributário de financiamento da própria seguridade social, em que está a Saúde, a Assistência e a Previdência Pública, que dizem estar falida, mas toda hora metem a mão nela para tirar alguns bilhões”, lamentou o senador Paulo Paim (PT-RS).

A PEC permite aos estados, Distrito Federal e municípios aplicarem em outras despesas 25% dos recursos hoje atrelados a áreas específicas, como saúde, tecnologia e pesquisa, entre outras. O substitutivo incluiu ainda a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU), cuja porcentagem foi também fixada em 25%. A única exceção é a contribuição social do salário-educação.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Novo município no Nortão enfrenta dificuldades no 1º ano

Boa Esperança do Norte, o município mais jovem de...

Prefeito de Peixoto de Azevedo amplia horário de funcionamento de órgãos municipais

O prefeito Nilmar Paulistinha (União), de Peixoto de Azevedo,...

Mais de 5,3 mil indígenas são beneficiados pelo programa SER Família em Mato Grosso

Famílias indígenas de diversas etnias de Mato Grosso estão...

Governo Federal atualiza valor de imposto para microempreendedores individuais

O valor do imposto de arrecadação do Simples Nacional...
PUBLICIDADE