\O advogado e representante do Consórcio VLT, Aldair Trova, afirmou que as obras serão retomadas em outubro deste ano. Já a conclusão depende de fatores técnicos e do suporte financeiro do Estado. “As obras devem ser retomadas ainda este ano. Vamos chegar em um acordo com o Estado e todas as partes envolvidas. Para que tudo isso aconteça, a previsão é para o mês de outubro. Já a previsão do término, um relatório da KPMG fala em 19 meses, mas isso depende do suporte financeiro”.
Ao ser questionado sobre as condições de preservação dos vagões, Trova disse que "estão em perfeitas condições". “Eles serão entregues em condições de trafegar”. Em relação ao custo das obras paradas, foi anunciado em cerca de R$ 1,5 milhão ao mês. O advogado completou dizendo que “o montante entrará no pacote de discussão”.
O diretor da obra do VLT, Luiz Milani, afirmou que na reunião do dia 13 do mês passado, no Palácio Paiaguás, com os secretários Paulo Taques e Eduardo Chiletto, da Casa Civil e Cidades, respectivamente, o consórcio tem interesse em retomar e concluir as obras do VLT. “O governo tem interesse em concluir as obras. Sinto que o ambiente é propício. A negociação, entretanto, é um pouco complexa e, por isso, precisamos estabelecer um cronograma para execução das obras. Para isso será apresentado alguns cenários financeiros e, assim, o Estado vai se programar para dar prosseguimento aos trabalhos”.
Preocupado com as obras que estão sendo executadas na avenida da Prainha, o deputado Emanuel Pinheiro (PMDB) questionou Milani a respeito, mas o diretor confirmou o interesse na retomada. De acordo com o representante do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Juares Samaniego, a obra tem um custo de R$ 13 milhões.
“Não é o consórcio que está executando, então não sei o cronograma dela (obra). Com relação a isso, temos que levar em consideração alguns aspectos, como a questão financeira do Estado e a velocidade das desapropriações, além de como elas vão ocorrer. São premissas que precisam ser levadas em conta para não fazermos planejamento no escuro”.
Quando questionado se o Consórcio VLT contratou outra empresa para contrapor o relatório da KPMG, Milani disse que sim e citou a Ernest & Young para auxiliar. “Sim, ela fez um laudo e está protocolado nos autos”, disse Milani. Com a confirmação, Emanuel Pinheiro pediu que o consórcio o encaminhe à Frente Parlamentar.
Ainda em relação às obras que estão sendo executadas pela Prefeitura de Cuiabá na Prainha, Pinheiro questionou o representante do consórcio se a obra sofreria problemas de "afundamento" no futuro. O advogado Aldair Trova afirmou existe uma autorização judicial para as obras.
“O Estado fez uma petição nos autos para essas intervenções, em função da suspensão e da degradação do contrato para pavimentação, e foi deferido. Acredito que o juiz não vai entrar no mérito, se a intervenção é necessária. O juiz não tem condições de analisar o projeto, ele autoriza e pressupõe que qualquer intervenção será feita por meio de um projeto executivo”, disse Trova.
“Fica aqui registrado o fato. O governo não apresentou o projeto. O Consórcio VLT alertou o governo que essas interferências, sem os devidos cuidados, poderão ocorrer problemas, entre eles o desabamento – o que seria o caos. Interpelei o secretário de Cidades, mas ele disse que isso era um problema da Prefeitura de Cuiabá. A obra do VLT virou a casa da mãe Joana”.