O empresário Marcelo Maluf protocolou no último dia 15 de junho a desfiliação do PSDB. Conforme o presidente da legenda, Carlos Avalone, o motivo alegado é o 'risco empresarial' que um empreendedor corre ao misturar política e negócios privados.
"Ele conversou com a família e decidiu deixar a política para cuidar exclusivamente dos negócios. Ele quis evitar a exposição e também por causa dos últimos acontecimentos", explicou Avalone, se referindo ao fato de Marcelo ter sido levado para prestar esclarecimentos na Polícia Federal, por causa da investigação deflagradas na 11ª fase da Operação Ararath.
Maluf é sócio majoritário de uma das maiores empreiteiras do Estado, a Construtora São Benedito. A PF buscava detalhes sobre vendas de imóveis de alto padrão a investigados na operação. De acordo com a PF, políticos e empresários usavam recursos oriundos de lavagem de dinheiro para adquirir apartamentos de luxo.
Por lei, as empresas do setor imobiliário são obrigadas a reportar transações imobiliárias suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda. O objetivo é auxiliar as autoridades no combate ao crime de lavagem de dinheiro.
Na operação, os agentes da PF realizaram 2 prisões em flagrante de membros da família Maluf, sendo uma por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e outra de uso permitido. Foram presos e liberados horas depois os empresários Amir Maluf e Marcos Maluf, diretores do Grupo São Benedito.