quarta-feira, 1/maio/2024
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Pesquisa aponta que 29% dos cuiabanos preferem suborno do que pagar multa de trânsito

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Apesar de se mostrarem preocupados com a corrupção no país, os chefes de família cuiabanos toleram, e assumem fazer, “pequenas” transgressões como furar fila, votar em um candidato para ganhar um emprego ou subornar um policial para não levar uma multa. Esse foi o principal resultado da última etapa do projeto Nossa Casa, uma pesquisa de opinião pública realizada pela Vetor Pesquisas no final de março na capital.

“O tema está em destaque, e resolvemos ir mais a fundo. Não discutimos conceitos, mas práticas. Essas práticas nos mostraram alguns paradoxos interessantes”, afirma a socióloga e diretora da Vetor Pesquisas, Miriam Braga.

Uma das premissas do levantamento, realizado com chefes de família cuiabanos, foi comparar o comportamento entre pessoas que participaram (22%) e que não participaram (77%) de passeatas contra a corrupção. “Havia a hipótese de que pessoas politicamente mais ativas tivessem um comportamento mais ético. Mas o que encontramos foi o oposto”.

Quando perguntou-se o que o entrevistado faria em uma situação de estar no banco, com filas grandes e avistar um conhecido entre os funcionários da agência, 23% dos entrevistados afirmaram “dar um jeito de furar a fila”. Esse percentual sobe para 26% entre os que participaram de algum movimento popular contra a corrupção.

Enquanto 20% votariam em um candidato caso ele lhe oferecesse emprego, o índice sobe para 25% entre os que participaram de passeatas contra a corrupção. A maior diferença, no entanto, ocorre na questão sobre ser parado em uma blitz de trânsito: 29% declaram que preferem pagar uma “caixinha” para o policial para evitar uma multa. Porém, esse percentual vai para 46% entre os “manifestantes”.

Governos – a pesquisa levantou também como está a percepção dos cuiabanos sobre o grau de corrupção nos governos. O governo de Dilma Rousseff é considerado o mais corrupto – com média 7,6. Em segundo lugar, está o governo Silval Barbosa (7,5), seguido pela prefeitura com Chico Galindo (7,2). As instituições que obtiveram menor percepção de corrupção foram o governo estadual com Pedro Taques (4,5), Ministério Público estadual (5,8) e o Poder Judiciário (5,9).

Confiabilidade – outra bateria liberada nesta última etapa do projeto Nossa Casa refere-se ao índice de confiabilidade das instituições. Esse ranking vem sendo monitorado pela Vetor Pesquisas desde 2000. Neste ano, os resultados apontaram que as instituições com alto grau de confiabilidade são família (97% de confiança), corpo de bombeiros (89%), institutos de pesquisa (84%), exército (82%), escolas e universidades (81%), Igreja (80%), Procon (73%), imprensa local (68%) e Ministério Público (66%).

No grupo de instituições com médio grau de confiabilidade estão imprensa nacional (64%), governo estadual (54%), empresários (53%), ONGs (52%), Poder Judiciário (51%) e polícia (51%). Já as instituições com baixo grau de confiabilidade são prefeitura municipal (42%), governo federal (35%), Assembleia Legislativa (31%), associações de bairro (27%), Congresso Nacional (26%), Câmara de Vereadores (22%), políticos (18%) e partidos políticos (14%).

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