terça-feira, 16/abril/2024
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Arcanjo deve ir à júri por assassinatos este ano

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O processo envolvendo o ex-comendador João Arcanjo Ribeiro com as mortes de Rivelino Jacques Brunini e Fauze Rachid Jaudy Filho, além da tentativa de homicídio de Gisleno Fernandes, foi encaminhado esta semana para a 1ª Vara Criminal de Cuiabá, responsável por marcar o tribunal do júri. Esta será a segunda vez que Arcanjo vai a julgamento popular. O uruguaio Julio Bachs Mayada e o ex-pistoleiro Célio Alves de Souza também são acusados de participação nas mortes no processo. Hércules Araújo Agostinho já foi condenado pelo mesmo crime a 45 anos e dois meses de prisão em março de 2012.

O crime foi praticado na tarde do dia cinco de junho de 2002, em uma oficina mecânica localizada na avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), área central de Cuiabá. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado, Rivelino era o alvo e Fauze morreu porque o acompanhava. Gisleno também estava com as vítimas. Confundido com um segurança, ele foi alvejado, mas não morreu.

O processo estava em fase de recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob a relatoria da ministra Laurita Vaz e, posteriormente, ministra Maria Thereza de Assis Moura, que negou os pedidos feitos pela defesa e determinou a devolução dos autos para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Os recursos tiveram início em 2010, quando a Justiça determinou que Arcanjo e os outros réus fossem a julgamento. Em 2011 o processo seguiu para o Tribunal de Justiça e, depois, para o STJ, retornando somente este ano.

Encaminhado para a 12º Vara Criminal de Cuiabá, o procedimento seguiu para 1º Vara Criminal esta semana e a data do julgamento deve ser marcada ainda este ano.

Conforme a denúncia, Rivelino também fazia parte da organização criminosa de Arcanjo e atuava na exploração de caça-níqueis, em Chapada dos Guimarães e Várzea Grande. Ele seria responsável por ter apresentado a Arcanjo pessoas do Rio de Janeiro envolvidas com o esquema e também possuía alguns equipamentos.

Porém, a vítima estava descumprindo ordens do ex-comendador, que teria definido por encomendar a morte de Rivelino. Bachs é apontado como intermediário, ao lado do coronel Frederico Lepesteur, e os ex-pistoleiro como os executores.

Durante julgamento realizado em 2012, Hércules confessou ter atirado em Rivelino e justificou que disparou contra Gisleno para se defender, por acreditar que tratava-se de um segurança, confirmando a versão do Ministério Público. Afirmou ter sido contratado para o crime, mas disse desconhecer quem seria o mandante. Na ocasião, inocentou Célio, contrariando depoimentos anteriores.

Justiça Federal – Hércules e Júlio Bachs já haviam sido julgados por este mesmo caso na Justiça Federal, mas o resultado foi anulado pelo Tribunal Regional Federal -1ª Região (TRF-1). O uruguaio foi levado a julgamento em 2004 e, na época, foi absolvido pelo tribunal do júri em relação às mortes, mas condenado por contrabando e formação de quadrilha.

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