quinta-feira, 25/abril/2024
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A mudança que teremos

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A Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional aprovou, com votos dos governistas, uma mudança nas metas fiscais, para que o desequilíbrio fiscal das contas públicas não venha prejudicar os números do país e afetar nossa credibilidade de exterior. Imagine um doente com 41 graus de febre. A pretexto de tirar-lhe a febre, muda-se a graduação do termômetro, subindo a régua até que 37º alcance 41º. Pronto. Está resolvido. O doente morre da infecção – mas sem febre. O problema é que a realidade, os fatos, sempre são mais fortes. 

Nossa cultura tem permitido que enganemos a nós mesmos. Somos incapazes de responder com a verdade se alguém nos pergunta “tudo bem?”, embora vá tudo mal. No caso das contas públicas, em vez de enfrentar o desequilíbrio com corte de gastos correntes, o governo altera a meta de superávit fiscal. E continua tudo igual. Esse tipo de fuga nos deixa sempre no mesmo lugar, enquanto o mundo vai mudando. Daqui a pouco até o Paraguai nos ultrapassa, pois não teve preconceito em fazer acordo comercial com os Estados Unidos. Logo poderemos ter uma Singapura na vizinhança. 

E quem dera que ficássemos no mesmo lugar. Pois estamos afundando. Segurança, saúde, educação, vão despencando porque vamos deixando. Com Educação, poderíamos superar essa cultura atrasada. Poderíamos ganhar conhecimento para discernir, julgar e agir como cidadãos ativos. Mas, ao contrário, muitos jovens estão recebendo em escolas uma ideologia retrógrada, atrasada, que nunca deu certo no mundo, de socialismo marxista, em que os heróis são ditadores como Stálin, Mao, Fidel e Chavez. Ou produtos do marketing, como o assassino Guevara. 

Que futuro nos espera? Um futuro em que chegaremos como habitantes passivos de um país sem rumo? Coisas de América Latina? Nem tanto. A Costa Rica, o Chile, o Uruguai e agora o Peru e a Colômbia são exemplos de que na região se pode conquistar vida melhor.  Os políticos tentam enganar os que nunca foram para o exterior, de que o mundo é assim, para que não saibam o quanto vivem mal. Nos empurram futebol e carnaval para que não reajamos à corrupção e aos péssimos serviços públicos. Mas o futuro chega inexoravelmente. Estaremos preparando que tipo de amanhã?

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